terça-feira, 4 de novembro de 2014

, o instante de dizer-lhe somos jovens, temos tanto para morrer, o deserto da tarde em cada sílaba e entre as mãos ardendo de desejo, na combustão do ciúme, meu amor, tomá-la de assalto luminosamente, na confusão do crime, na complicação da carne, tocá-la e senti-la estremecer contra a noite, nos raides do verão ao portinho, na confusão dum primeiro beijo dado mais tarde, na promessa do linho duma cama de hotel, levantar a corola dos lábios dela até à bica e nela deixar emergir a manhã, sacudi-la num frémito, e entre nós duas ou três palavras, estás bem, abraça-me, morre por favor, 

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