segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Quando ela repete o meu nome, eu poderia, se quisesse, adormecer dentro dessa palavra, aproximar-me dos seus lábios cintilantes e morder a raiz de sombra que nela define o círculo. Poderia mexer-me dentro dela fazer-lhe cócegas até sangrar, nos seus caminhos montanhosos perder-me lavar-me nas águas que a perfumam. Poderia, depois do trabalho, remendar-lhe as bainhas, esperar que anoitecendo repousasse, fechar-me na luz que irradia do seu coração tão desesperado quando se senta à minha mesa e desarruma os meus dias.

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