segunda-feira, 6 de outubro de 2014

E então eu soube que a Lia morreu, e o mundo para além dela é ainda um mundo, com canteiros, acidentes, jornais, mentiras, duvidosos territórios de que eu próprio não me alheio. E chove com violência, estou parado entre as dunas, sei que o deserto do deserto é este mar que agora se abre em leque à minha frente, e medito nisto, a Lia morreu, e foi há muito tempo e eu estou, de alguma forma, mais sozinho, agora que o sei com o abalo profundo de um suspiro, de um murmúrio cantado dentro do mar. 

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