Há um caminho
rodeado de arvoredos e nesse caminho há uma casa com um jardim e um poço
coberto de musgo, e nesse poço ouve-se o mar.
Ficávamos horas
sentados sobre as pedras geladas e às vezes levávamos as mãos à boca e aos
olhos e sentíamos a lâmina fria da água a atravessar o corpo como um vendaval.
Aquela é uma casa
vazia, apesar de a termos ocupado, e de a ela termos regressado tantos anos,
tantas palavras depois.
Quem vem da
cidade, como nós, desce primeiro ao pátio e vê uma paisagem de tílias, nuvens
de gaivotas emergindo do mar, raízes que se confundem com as pedras.
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