Quando ela repete
o meu nome, eu poderia, se quisesse, adormecer dentro dessa palavra,
aproximar-me dos seus lábios cintilantes e morder a raiz de sombra que nela
define o círculo. Poderia mexer-me dentro dela fazer-lhe cócegas até sangrar,
nos seus caminhos montanhosos perder-me lavar-me nas águas que a perfumam.
Poderia, depois do trabalho, remendar-lhe as bainhas, esperar que anoitecendo
repousasse, fechar-me na luz que irradia do seu coração tão desesperado quando
se senta à minha mesa e desarruma os meus dias.
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